Muitos empregadores – desde empresários, passando por gerentes e gestores – se queixam do alto turn over em suas áreas e empresas e creditam esse fator à falta de comprometimento no trabalho de alguns colaboradores. No HUNTING da HK esse tema é constante: há candidatos super qualificados que não são aprovados pela impressão de falta de comprometimento enquanto outros passam por desligamento precoce pelo mesmo motivo.
Preparamos esse artigo, nesse cenário, para alinhar as expectativas dos nossos clientes e parceiros com as dos nossos colaboradores (e super herois!). Afinal, nem sempre o que se entende por comprometimento condiz com a realidade.
Quer saber mais sobre o tema? Então, continue a leitura.
Até pouco tempo, o comprometimento de um funcionário estava diretamente atrelado à sua pontualidade, frequência e seriedade durante o horário de expediente. Porém, com novas formas de contratação e com a perspectiva de atuar com metas - ou realização de projetos - esses conceitos tendem a ficar ultrapassados rapidamente. Mesmo assim, alguns gestores acreditam que o profissional comprometido é aquele que chega pontualmente às 8h; o que não perde tempo em conversas no café e o que não tem problemas em ficar até mais tarde. A pergunta é: a entrega desse profissional é, realmente, boa? A qualidade de vida dele fora do escritório ou da empresa é satisfatória? Você, gestor, já se fez essas perguntas?
Para diminuir qualquer equívoco, vamos explicar o conceito de comprometimento, especialmente no trabalho.
Do latim, a palavra "compromisso" significa promessa recíproca. Ou seja: quando alguém se compromete com você, automaticamente você também está comprometido com ele, correto?
Em termos gerais, entende-se que comprometimento é o mesmo que cumprir o que foi falado, o que foi acordado. Assim, se o compromisso do colaborador é entregar um resultado de vendas 10% superior, ou reduzir os custos em 15% ou, ainda, concluir um projeto em 15 dias, é mais positivo avaliar o horário em que ele chegou ou saiu ou o andamento das atividades que está desenvolvendo?
Essa questão nos leva a próxima etapa: como medir, de forma efetiva, o comprometimento do colaborador?
Já diz o ditado: combinado não sai caro! Nesse cenário, o ideal é ter o job description de cada colaborador, pontuando todo o escopo de atividades. Esse briefing deve ser conhecimento pelo profissional, que deve concordar com ele - essa concordância é o primeiro passo para o comprometimento.
Tenha metas estipuladas e prazo determinado para conferir se elas foram, ou não, cumpridas. Essa é a melhor maneira de apurar o comprometimento com o trabalho.
Afirmamos que comprometimento é uma via de mão dupla. Então, sugerimos que ambos os lados estejam atentos a algumas dicas sobre suas responsabilidades.
- mantenha o gestor informado sobre o andamento da sua atividade. Isso o deixará seguro quanto ao cumprimento da "meta".
- informe sobre imprevistos que possam te manter afastado do local de trabalho.
- seja pró-ativo.
- resolva conflitos o quanto antes.
- peça feedbacks.
- lembre-se do que foi oferecido no momento da contratação;
- aceite sugestões;
- ofereça feedback sobre o desempenho do colaborador;
- deixe-o confortável para realizar as suas atividades;
- cobre resultados de maneira sensata.
Em pleno século XXI, as relações interpessoais são um dos bens mais importantes a se conquistar numa relação profissional. Da mesma forma, as empresas atuam em busca de lucros e resultados positivos. Por isso, o equilíbrio é a melhor recomendação, tanto para profissionais quanto para gestores.
O comprometimento com o trabalho se mostra, muito mais, por uma tarefa bem desenvolvida e pela satisfação no rosto de todos do que pela pontualidade. Reflitam sobre isso e mostrem a sua melhor versão, todos os dias.
